Q Series: Close Your Eyes Before It's Dark
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“Close Your Eyes Before It’s Dark” não é só uma série de mistério, ao meu ver ela fala sobre muito mais, e podemos perceber isso. É uma daquelas histórias que vão discorrer sobre um tipo de crença que todos fomos ensinados a ter quando se trata de amor (que se for por amor, tudo é permitido), de amizade (que verdadeiros amigos permanecem sempre juntos) e, acho que principalmente, o quão frágeis são todas essas coisas na realidade e na vida real. Close your eyes é muito bom para quem gostar de um bom mistério, algumas reviravoltas e para quem tem um gosto mais para o lado de mortos conversando (apesar deles não conversarem tanto, fiquei triste por isso).
No enredo, oito amigos do ensino médio decidem se reencontrar depois de mais de dez anos sem se verem para fazerem uma viagem e desenterrar uma capsula do tempo com vídeos que tinham gravado. Mas já fazem 10 anos que os mesmos não se falam mais, eles não são mais amigos como antigamente. É importante dizer que cada um seguiu seu próprio caminho, mas eles ainda precisam de um acerto de contas.
“Close Your Eyes Before It’s Dark”, para mim, fala sobre os perigos de se tentar reviver um passado que teve um desfecho ainda sem muitas respostas, e em uma boa série de terror e mistério, sabemos onde isso vai parar…
Particularmente eu acho que todos concordamos que alguns reencontros não deveriam acontecer, mas as vezes nós gostamos de prolongar algo que já teve um fim (no caso deles, um fim conturbado e escandaloso que afetou todo o grupo ainda no ensino médio).
Um diferencial na história para mim foi o fato de que os mortos, que foram colocados lado a lado numa sala, conversam entre si sobre a identidade de quem os matou, dizendo coisas como “adivinhe, eu também fiquei surpreso” sinalizando que o assassino não era alguém tão esperado para ser. Aquilo foi algo que beirou do cômico (como quando os corpos começaram a feder e eles conversaram entre si para ver quem estava fedendo) ao macabro (como quando eles disseram entre si que os que ainda estavam vivos deveriam parar de investigar, se não a sala dos mortos começaria a ficar sem espaço).
Outro ponto que gostaria de destacar é o efeito dominó que percebemos na série, porque um corpo sempre está ligado ao outro, assim como o(s) assassino(s).
"Close your eyes" criou uma teia que nos mostrou detalhes que a primeira vista parecem extremamente sem importância e até ao acaso, mas que quando juntos nos ajudam a perceber a real questão. A resposta sempre esteve lá, nós é que não percebemos.
A série é dividida em sete episódios de mais ou menos uma hora cada (foi algo que não me incomodou uma vez que já estou acostumada). Mas uma das coisas que me incomodou foi uma investigação que acontece bem no final e que tem um final estranho, e também, o fato de quê (PEQUENO SPOILER) nem todos morrem! Veja bem, eu não estava torcendo para que todos morressem no fim das contas, mas aparecia na abertura de todos os capítulos um cenário da “salinha dos mortos” e todos eles estavam parecendo mortos. Obviamente eu pensei que seria uma daquelas obras onde no final todos acabam mortos, e mesmo assim, havia um personagem que estava sentado em uma cadeira e estava ensopado (logicamente pensei que ele morreria afogado, mas não foi o caso), então toda vez que o mesmo se aproximava da morte, eu ficava aflita. Então, já aviso, aquela imagem é meramente ilustrativa e nem todos morrem!
Em cada capítulo podemos ver, mas só no final que nós percebemos, que sempre houve um jogo de manipulação e rancor (por diversas das partes) entre aquelas pessoas. Termino minha resenha constatando mais uma vez que "Close your eyes" é uma obra que nos mostra que nem sempre reencontros com antigos amigos e amores são bons, e que a nostalgia dos tempos de ouro nem sempre é algo que valha a pena sentir.
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Neste drama, Go Eun Chan é a nossa protagonista. Ela é aquele tipo de mulher forte que trabalha em muitos empregos para poder ajudar a sua família, e que também sempre é confundida com um garoto, o que é super importante para a trama.
Eu nem preciso citar que isso já é coisa velha, sabe. O tipo de trama em que a moça pobre se apaixona pelo cara rico, ou que a mulher se passa por um homem por causa de Y motivos (Coffe Prince tem esses dois clichês, e muitos outros). Mas acho que vale lembrar que Coffee Prince é antigo e ele foi um dos doramas pioneiros nesse tipo de enredo.
Temos muitos clichês aqui, muitos mesmo. Porém a forma que é conduzido, na minha opinião, foi muito boa, e depois de um tempo você não se importa com isso.
Voltando para os protagonistas, Choi Han Kyul é um herdeiro de uma grande empresa, mas a sua avó começa a arranjar diversos encontros para ele (típico daquelas avós casamenteiras dos doramas).
Mas acontece da nossa protagonista trombar com Han Kyul e ser confundida como um garoto por ele, acaba que ele decidiu contratar a Eun Chan para ser algo como seu "amante gay", com o intuito de evitar os encontros arranjados. E ao mesmo tempo, a avó de Han Kyul também faz com que ele ficasse responsável por uma cafeteria que estava quase entrando em falência. No fim das contas, ele contrata a Eun Chan como um dos "príncipes" do Coffe Prince, onde só aceitam homens para trabalhar.
A questão é que nós que estamos assistindo sabemos que a Go Eun Chan não é um homem, e sim uma mulher, mas o protagonista não sabe disso! No entanto, nada disso impede que um romance entre os dois floresça. Mas então ele fica se contendo por cousa da situação, e isso nos rende muitas risadas e suspiros apaixonados também.
Quando o Gong Yoo se apaixona por Eun Chan, acreditando que ela é um homem, ele começa a questionar a sua própria masculinidade. É tão hilário, ao mesmo tempo tão triste. Ele quer gostar, só que as convenções sociais dizem que não pode.
Algo que chama bastante a minha atenção é que os personagens secundários também acabam nos conquistando. Os meninos do Coffee Prince são incríveis.
Mas um diferencial é que (ao meu ver) não existe aquele antagonista megero que passa a incorporar o capeta e tenta separar o casal principal a todo custo.
Na verdade, você pode esperar que em alguns momentos, os mesmos personagens secundários que amamos e que achamos tão cativantes, errem e sejam dificultadores para o casal principal, mas nunca porque possuem uma falha de caráter ou porque querem ver os outros sofrendo. É só porque eles agem como qualquer ser humano agiria quando tem algo a perder, ou quando quer proteger algo, alguém ou a si mesmo. Isso fez eles serem mais humanos para mim, e é algo que eu não tiraria da história por nada.
É importante dizer que o enredo gira em torno dos dilemas dos personagens principais. Sobre a suposta paixão por outro homem, por parte de Han Kyul, dizer ou não a verdade para todo mundo e possivelmente ser odiada e demitida, por parte da Eun Chan, e o quadrado amoroso entre Eun Chan, HanKyul, o primo dele, e ainda a namorada do primo dele, que é algo que rende muitos momentos tensos e muitos outros que são bonitos, mais basicamente muito ciúmes, para todos os lados.
Foi algo inovador para mim na época. Não somos acostumados a olhar pelos dois lados do ponto de visão, ou o personagem é mal, ou ele é bom. Mas na vida não é assim, a pessoas não são 100% boas ou 100% ruins.
O “rival do mocinho”, Han Sung que era o primo do protagonista, era com toda a certeza muito interessante. E eu ainda acho que o termo “rival” não seja uma qualificação certa, já que ele amava alguém (mesmo que talvez também tenha chegado a gostar, mesmo que um pouco, da protagonista). Eu não sei apontar o motivo, mas eu essencialmente gostei bastante dele. E eu amei o cachorro dele também hahaha
Acredito fielmente que graças a ele a nossa protagonista pôde crescer e aceitar muitas dificuldades, ele me encantou por isso.
A verdade é que só pelo fato do elenco contar com o famoso Gong Yoo (o protagonista de Goblin) já é um argumento bastante válido para dar uma chance a essa obra. Inclusive, eu o conheci por essa história primeiro!
Mas se isso ainda não é o bastante para você, o drama é antigo e já foi indicado a 16 categorias de três premiações diferentes, e foi o vencedor em seis delas. Ele ganhou o prêmio de Melhor Produtor de Direção, o prêmio de Excelência de Atuação na categoria masculina com Gong Yoo, e o prêmio Top em Excelência de Atuação na categoria feminina com Yoon Eun-Hye, a protagonista. Esses três no MBC Drama Awards em seu ano de estreia, em 2007.
Fora essa preimiação, no 44º Baeksang Arts Awards em 2008), o drama ganhou o prêmio de Melhor Novo Diretor de TV e Melhor Atriz de TV, com a Eun-Hye. Já no 20º Korea Production Director Awards em 2008 eles conseguiram o prêmio de Melhor Drama.
E, quem sabe uma visita a Hongdae e em Buam-dong (lá em Seul) seria bom para os fãs desse drama. Os dois locais são onde foram feitas as filmagens internas e externas do Coffee Prince, uma vez que há muitas cafeterias temáticas nesses lugares (a maioria decoradas com os cenários e fotos do dorama). Acredito que seja um um ótimo destino de turismo para nós dorameiras hahaha
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