The Game: Towards Zero é um dorama sul-coreano transmitido nos primeiros meses de 2020 pela emissora MBC. Contém 32 episódios com 30 minutos de duração cada e está disponível com legenda oficial no Kocowa. Dirigido pelo experiente Jang Joon Ho, que carimbou seu nome em um dos meus dramas favoritos de vingança: Hotel King. E roteirizado pela estreante Lee Ji Hyo.
Quando criança, Kim Tae Pyung descobriu ter a habilidade de ver a morte de alguém quando olhava no fundo dos olhos de alguém. Após a morte dos pais é adotado por um homem cego que tinha a mesma habilidade que ele e se ajudam mutuamente. Já adulto, nada o impede de tirar vantagem dessa habilidade, passando assim, a ganhar dinheiro com os curiosos.
É assim que Tae Pyung conhece uma senhora que quer saber se o filho mafioso morrerá cedo ou não. E devido à essa premonição, a vida dele passa a estar em perigo causando sérias consequências, como a perseguição que o coloca no radar da detetive Joon Young, a única mulher que ele não consegue ver a hora da morte.
Um serial killer está á solta vitimando adolescentes do sexo feminino, as prendendo em um caixão ainda vivas e com um telefone desconhecido para que possam pedir socorro. Quase uma bomba-relógio até que fiquem sem ar e morra. Foi em casos fatais que Joon Young viu o pai trabalhar a maior parte da infância, um policial correto e justo que morre em serviço. O mesmo caso que matou o pai da jovem está retornando para abrir velhas feridas.
Quando Tae Pyung se interessa pelo motivo de não conseguir ver a morte da detetive Joon Young é o momento do telespectador ser atingido por outro plot tão bom quanto. Para alguns, talvez, a caracterização de "nos conhecemos na infância" esteja batida - eu não fiquei imune à esse pensamento. Porém, com uma narrativa que mescla presente e passado somos conduzidos por uma espiral de acontecimentos marcantes.
Uma morte terá o efeito dominó na vida de muitas pessoas, inclusive no motivo de Tae Pyung não conseguir ver a hora e nem o motivo da morte da Joon Young, que também está diretamente ligada a linha do tempo de Goo Do Kyung. Esse elenco principal até certo ponto não são personagens complexos, mas ao serem inseridos num contexto de tragédia, crime e investigação ganham uma nova ótica. Dolorosa e intensa.
Se eu pudesse usar uma frase para definir a estrutura desse dorama seria: jogar a merda no ventilador e respingar em todo mundo. Ninguém saí imune ao que acontece. Nem a imprensa, que em momentos críticos na vida de um ser humano, independente do crime cometido, não tenha sensibilidade ao transmitir notícias, lidar com as famílias envolvidas ou curiosidade em buscar a verdade.
Citação: "Antes de sair em busca de vingança: cave duas covas" - Confúcio
A descaracterização do mistério em relação a quem é o assassino foi memorável, já que em poucos episódios já sabemos sua identidade. E em momento nenhum isso tirou meu interesse ou fez a trama ser menos intrigante; muito pelo contrário, tanto a identidade como saber os próximos passos tornou o mistério melhor. Goo Do Kyung é um personagem complexo e cheios de nuances para reflexão, além de incutir no telespectador atitudes como compaixão e empatia. Adoro ver o ator Im Joo Hwan como vilão!
Apesar do romance ser o que move Tae Pyung a querer proteger a protagonista, sempre acho a dosagem proporcional ao tema da trama. É muito raro ver o Taec Yeon aceitar um papel que não tenha romance. Ele está sempre envolto em mundo fantástico com alguma pitada de romance. E funciona muito bem com ele, como em Who Are You, Bright It On, Ghost e Save Me (os dois últimos disponíveis na Netflix).
Citação: "Ele nunca violou a lei antes. Mas ele está agora, ficando obcecado pela sua segurança e sendo superprotetor porque você morrerá por causa dele"
Sem um histórico de bons efeitos especiais, a emissora MBC ficou deixando a desejar em várias cenas o que faria esse dorama ter outro nível se tivesse tido um pouco mais de investimento. Mas como já disse, o plot vale a pena! Já a trilha sonora foi muito bem planejada e adicionada em momentos certeiros, deixando visual e tensão combinados.
Mesmo sendo facilmente comprada pelo gênero fantástico em dramas coreanos, em apenas dois episódios o plot de The Game: Towards Zero já tinha me convencido por causa do seu enredo bem construído e difícil de largar.
Quando criança, Kim Tae Pyung descobriu ter a habilidade de ver a morte de alguém quando olhava no fundo dos olhos de alguém. Após a morte dos pais é adotado por um homem cego que tinha a mesma habilidade que ele e se ajudam mutuamente. Já adulto, nada o impede de tirar vantagem dessa habilidade, passando assim, a ganhar dinheiro com os curiosos.
É assim que Tae Pyung conhece uma senhora que quer saber se o filho mafioso morrerá cedo ou não. E devido à essa premonição, a vida dele passa a estar em perigo causando sérias consequências, como a perseguição que o coloca no radar da detetive Joon Young, a única mulher que ele não consegue ver a hora da morte.
Um serial killer está á solta vitimando adolescentes do sexo feminino, as prendendo em um caixão ainda vivas e com um telefone desconhecido para que possam pedir socorro. Quase uma bomba-relógio até que fiquem sem ar e morra. Foi em casos fatais que Joon Young viu o pai trabalhar a maior parte da infância, um policial correto e justo que morre em serviço. O mesmo caso que matou o pai da jovem está retornando para abrir velhas feridas.
Quando Tae Pyung se interessa pelo motivo de não conseguir ver a morte da detetive Joon Young é o momento do telespectador ser atingido por outro plot tão bom quanto. Para alguns, talvez, a caracterização de "nos conhecemos na infância" esteja batida - eu não fiquei imune à esse pensamento. Porém, com uma narrativa que mescla presente e passado somos conduzidos por uma espiral de acontecimentos marcantes.
Uma morte terá o efeito dominó na vida de muitas pessoas, inclusive no motivo de Tae Pyung não conseguir ver a hora e nem o motivo da morte da Joon Young, que também está diretamente ligada a linha do tempo de Goo Do Kyung. Esse elenco principal até certo ponto não são personagens complexos, mas ao serem inseridos num contexto de tragédia, crime e investigação ganham uma nova ótica. Dolorosa e intensa.
Se eu pudesse usar uma frase para definir a estrutura desse dorama seria: jogar a merda no ventilador e respingar em todo mundo. Ninguém saí imune ao que acontece. Nem a imprensa, que em momentos críticos na vida de um ser humano, independente do crime cometido, não tenha sensibilidade ao transmitir notícias, lidar com as famílias envolvidas ou curiosidade em buscar a verdade.
Citação: "Antes de sair em busca de vingança: cave duas covas" - Confúcio
A descaracterização do mistério em relação a quem é o assassino foi memorável, já que em poucos episódios já sabemos sua identidade. E em momento nenhum isso tirou meu interesse ou fez a trama ser menos intrigante; muito pelo contrário, tanto a identidade como saber os próximos passos tornou o mistério melhor. Goo Do Kyung é um personagem complexo e cheios de nuances para reflexão, além de incutir no telespectador atitudes como compaixão e empatia. Adoro ver o ator Im Joo Hwan como vilão!
Apesar do romance ser o que move Tae Pyung a querer proteger a protagonista, sempre acho a dosagem proporcional ao tema da trama. É muito raro ver o Taec Yeon aceitar um papel que não tenha romance. Ele está sempre envolto em mundo fantástico com alguma pitada de romance. E funciona muito bem com ele, como em Who Are You, Bright It On, Ghost e Save Me (os dois últimos disponíveis na Netflix).
Citação: "Ele nunca violou a lei antes. Mas ele está agora, ficando obcecado pela sua segurança e sendo superprotetor porque você morrerá por causa dele"
Sem um histórico de bons efeitos especiais, a emissora MBC ficou deixando a desejar em várias cenas o que faria esse dorama ter outro nível se tivesse tido um pouco mais de investimento. Mas como já disse, o plot vale a pena! Já a trilha sonora foi muito bem planejada e adicionada em momentos certeiros, deixando visual e tensão combinados.
Mesmo sendo facilmente comprada pelo gênero fantástico em dramas coreanos, em apenas dois episódios o plot de The Game: Towards Zero já tinha me convencido por causa do seu enredo bem construído e difícil de largar.
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