This review may contain spoilers
Vamos falar sobre esse drama
Nem sei por onde começar a falar sobre esse Kdrama. Estava tão decepcionada com o final quando terminei que não conseguia escrever sequer uma linha antes. Agora que tempo passou, finalmente sinto que consigo expressar o tamanho do meu descontentamento com essa história, mas vamos por partes.
Desde o primeiro episódio pude perceber que esse não era um drama para se maratonar. Os temas retratados nesse dorama não são leves e descontraídos e por isso depois que você termina certo caso, nunca sente vontade de partir para o próximo tão cedo.
Sim, esse é um drama sobre direitos humanos e ao longo dos 14 episódios tivemos a oportunidade de ver vários casos que seriam investigados e "resolvidos" pela equipe competente para tal.
No entanto, mesmo que eu estivesse disposta a assistir esse drama até o fim em um ritmo mais lento, eu não esperava que o meu cansaço fosse aumentar tanto a medida que avançava na trama ao ponto de demorar longos e intermináveis 2 meses para completar essa jornada. Não estou exagerando ao dizer isso, mantenho anotações dos dias que começo e termino os dramas aqui no MDL e foi justamente isso que aconteceu nesse caso.
Os 5 últimos episódios foram verdadeiros tormentos para se assistir porque foi justamente ali que, o que já não tinha começado tão empolgante assim começou a ficar mais e mais maçante.
UMA FOTOGRAFIA MUITO ESCURA
A exceção de alguns finais de semana livres, a maior parte do tempo só tenho a oportunidade de assistir doramas durante a noite, e devo dizer que a fotografia desse Kdrama me incomodava absurdamente. O tom da filmagem era tão escuro que eu já estava com sono antes de terminar o primeiro episódio do dia.
E olha que isso é uma das coisas mais raras de acontecer comigo. Tenho o hábito de dormir muito tarde e dificilmente sinto sono quando estou assistindo alguma coisa, mas isso aconteceu em todos os episódios de Running Mates.
Se algo te dá sono logo no inicio da noite o resultado é que você se sentirá cada vez menos estimulada a ir para o próximo episódio tão cedo. Passará a adiar a continuação indeterminadamente e só conseguirá assistir em alguma rara tarde livre de fim de semana. Foi justamente assim que todo esse tempo se passou sem que eu tivesse conseguido chegar ao fim dessa novela.
Até entendo que se tratavam de histórias mais sérias, que não tinham grandes cenários para mostrar, mas não concordo com a escolha desse tom para esse drama em particular. Erram feio mão e ficou tão sombrio e desconfortável que não gosto nem de lembrar.
UMA OST DESTOANTE
Custo a acreditar que tive que abrir esse tópico nessa resenha, mas essa foi a primeira vez na minha história de dorameira que uma OST me gerou essa sensação de estranheza ao ponto de me pegar rindo em momentos que eram pra ser dramáticos.
Sabe quando você divide o quarto com a sua irmã: ela quer pintar a parede de roxo enquanto você quer laranja. Como nenhuma das duas consegue chegar a um acordo, seu pai que já não aguenta mais ver essa briga, resolve esse impasse pintando a bendita parede de uma cor aleatória como o azul.
Mas em? Quem são esses loucos? Que solução foi essa?
Imagino que foi justamente isso que aconteceu quando foram decidir a OST para esse drama: já que ninguém conseguia escolher, o louco que chamaram pra resolver o problema pegou umas musicas aleatórias aqui e ali só pra acabar logo com isso.
SOBRE OS DIREITOS HUMANOS
Se você me perguntar o que penso a respeito dos direitos humanos vou ter responder o seguinte: É um assunto muito interessante, já tive a oportunidade de estudar esse tema e acho a teoria muito bonita. Do ponto de vista ideológico, os direitos humanos representam a garantias fundamentais que ninguém gostaria de abrir mão.
No entanto, existe uma diferença gritante entre o "dever ser" e o "ser". E é justamente ai que mora o problema. A forma como desvirtuam os direitos humanos na pratica faz o cidadão de bem acreditar que isso só serve: "para defender bandidos", "para usar como discurso de politicagem quando vem a calhar", "como desculpa para militar a favor de qualquer assunto banal". Quando não era esse o objetivo desse instituto.
E é justamente por isso que quando li a sinopse desse drama apesar de achar interessante por se tratar de um tema pouco explorado, fiquei com um pé atrás a respeito de que ponto de vista os direitos humanos seriam abordados.
Mas olha deu pra perceber o cuidado que tiveram para abordar o tema partindo do ponto de vista que todos nós gostaríamos de ver. E suspeito que foi justamente isso que me fez continuar assistindo até o fim, mesmo com todos aqueles problemas que apontei nos tópicos anteriores.
Não tenho nada a reclamar a respeito das atuações, os papeis não exigiam muito dos personagens em termos de expressividade e os atores se não me surpreenderam pelo menos entregaram o que deveriam.
ONDE RESIDE MINHA REVOLTA?
Como se as minhas reclamações a respeito desse drama já não fossem suficientes, mais uma vez, minha revolta reside no final a lá OCN, ou melhor na forma como a emissora resolveu fechar a trama.
Você começa o drama curioso a respeito do passado da protagonista: o que aconteceu com sua irmã mais nova? Qual o paradeiro de seu pai? Por que ela resolveu trabalhar logo na comissão de direitos humanos?
E esse mistério é mantido por um longo tempo, até que você chegue nos episódios finais, onde o caso finalmente será revelado. E é justamente aqui que eu gostaria de chegar.
De repente nos dizem que os pontos que gostaríamos de saber estão diretamente ligados a um serial killer, que pede justamente para ela apresentar um parecer sobre o seu caso.
Algumas coisas ainda estavam incertas e ela pede um adiamento na sessão em que daria seu parecer sobre o caso. Quando os resultados chegam ela descobre que o pai que ela esteve procurando por todo aquele tempo morreu nas mãos desse indivíduo.
Você pode até pensar que depois de descobrir os chocantes resultados das investigações, ela seria tomada por uma enxurrada de sentimentos em relação a ele que lhe impediriam de tomar qual tipo de decisão sobre o caso, mas não foi bem assim.
Diante de tal situação ela age como um robô, uma máquina que está ali só pronta pra executar o que lhe for pedido. Francamente, duvido muito que um ser humano agiria assim.
Fiquei revoltada ao ver ela se esconder atras da velha desculpa da imparcialidade. Nem tenho palavras pra dizer como isso me tirou do sério. Terminei dizendo "não acredito no que estou vendo, não acredito que cheguei até aqui pra terminar assim".
Olha se a lei estivesse ai pra ser aplicada mecanicamente com total imparcialidade não precisaríamos de seres humanos para movimentar todo o caro e moroso sistema judiciário.
Bastava colocarmos máquinas para executar uma formula preconcebida. A ideia de que os operadores do direito serão imparciais a todo momento é tão absurda que não passa de um utopico sonho de criança.
Desde o primeiro episódio pude perceber que esse não era um drama para se maratonar. Os temas retratados nesse dorama não são leves e descontraídos e por isso depois que você termina certo caso, nunca sente vontade de partir para o próximo tão cedo.
Sim, esse é um drama sobre direitos humanos e ao longo dos 14 episódios tivemos a oportunidade de ver vários casos que seriam investigados e "resolvidos" pela equipe competente para tal.
No entanto, mesmo que eu estivesse disposta a assistir esse drama até o fim em um ritmo mais lento, eu não esperava que o meu cansaço fosse aumentar tanto a medida que avançava na trama ao ponto de demorar longos e intermináveis 2 meses para completar essa jornada. Não estou exagerando ao dizer isso, mantenho anotações dos dias que começo e termino os dramas aqui no MDL e foi justamente isso que aconteceu nesse caso.
Os 5 últimos episódios foram verdadeiros tormentos para se assistir porque foi justamente ali que, o que já não tinha começado tão empolgante assim começou a ficar mais e mais maçante.
UMA FOTOGRAFIA MUITO ESCURA
A exceção de alguns finais de semana livres, a maior parte do tempo só tenho a oportunidade de assistir doramas durante a noite, e devo dizer que a fotografia desse Kdrama me incomodava absurdamente. O tom da filmagem era tão escuro que eu já estava com sono antes de terminar o primeiro episódio do dia.
E olha que isso é uma das coisas mais raras de acontecer comigo. Tenho o hábito de dormir muito tarde e dificilmente sinto sono quando estou assistindo alguma coisa, mas isso aconteceu em todos os episódios de Running Mates.
Se algo te dá sono logo no inicio da noite o resultado é que você se sentirá cada vez menos estimulada a ir para o próximo episódio tão cedo. Passará a adiar a continuação indeterminadamente e só conseguirá assistir em alguma rara tarde livre de fim de semana. Foi justamente assim que todo esse tempo se passou sem que eu tivesse conseguido chegar ao fim dessa novela.
Até entendo que se tratavam de histórias mais sérias, que não tinham grandes cenários para mostrar, mas não concordo com a escolha desse tom para esse drama em particular. Erram feio mão e ficou tão sombrio e desconfortável que não gosto nem de lembrar.
UMA OST DESTOANTE
Custo a acreditar que tive que abrir esse tópico nessa resenha, mas essa foi a primeira vez na minha história de dorameira que uma OST me gerou essa sensação de estranheza ao ponto de me pegar rindo em momentos que eram pra ser dramáticos.
Sabe quando você divide o quarto com a sua irmã: ela quer pintar a parede de roxo enquanto você quer laranja. Como nenhuma das duas consegue chegar a um acordo, seu pai que já não aguenta mais ver essa briga, resolve esse impasse pintando a bendita parede de uma cor aleatória como o azul.
Mas em? Quem são esses loucos? Que solução foi essa?
Imagino que foi justamente isso que aconteceu quando foram decidir a OST para esse drama: já que ninguém conseguia escolher, o louco que chamaram pra resolver o problema pegou umas musicas aleatórias aqui e ali só pra acabar logo com isso.
SOBRE OS DIREITOS HUMANOS
Se você me perguntar o que penso a respeito dos direitos humanos vou ter responder o seguinte: É um assunto muito interessante, já tive a oportunidade de estudar esse tema e acho a teoria muito bonita. Do ponto de vista ideológico, os direitos humanos representam a garantias fundamentais que ninguém gostaria de abrir mão.
No entanto, existe uma diferença gritante entre o "dever ser" e o "ser". E é justamente ai que mora o problema. A forma como desvirtuam os direitos humanos na pratica faz o cidadão de bem acreditar que isso só serve: "para defender bandidos", "para usar como discurso de politicagem quando vem a calhar", "como desculpa para militar a favor de qualquer assunto banal". Quando não era esse o objetivo desse instituto.
E é justamente por isso que quando li a sinopse desse drama apesar de achar interessante por se tratar de um tema pouco explorado, fiquei com um pé atrás a respeito de que ponto de vista os direitos humanos seriam abordados.
Mas olha deu pra perceber o cuidado que tiveram para abordar o tema partindo do ponto de vista que todos nós gostaríamos de ver. E suspeito que foi justamente isso que me fez continuar assistindo até o fim, mesmo com todos aqueles problemas que apontei nos tópicos anteriores.
Não tenho nada a reclamar a respeito das atuações, os papeis não exigiam muito dos personagens em termos de expressividade e os atores se não me surpreenderam pelo menos entregaram o que deveriam.
ONDE RESIDE MINHA REVOLTA?
Como se as minhas reclamações a respeito desse drama já não fossem suficientes, mais uma vez, minha revolta reside no final a lá OCN, ou melhor na forma como a emissora resolveu fechar a trama.
Você começa o drama curioso a respeito do passado da protagonista: o que aconteceu com sua irmã mais nova? Qual o paradeiro de seu pai? Por que ela resolveu trabalhar logo na comissão de direitos humanos?
E esse mistério é mantido por um longo tempo, até que você chegue nos episódios finais, onde o caso finalmente será revelado. E é justamente aqui que eu gostaria de chegar.
De repente nos dizem que os pontos que gostaríamos de saber estão diretamente ligados a um serial killer, que pede justamente para ela apresentar um parecer sobre o seu caso.
Algumas coisas ainda estavam incertas e ela pede um adiamento na sessão em que daria seu parecer sobre o caso. Quando os resultados chegam ela descobre que o pai que ela esteve procurando por todo aquele tempo morreu nas mãos desse indivíduo.
Você pode até pensar que depois de descobrir os chocantes resultados das investigações, ela seria tomada por uma enxurrada de sentimentos em relação a ele que lhe impediriam de tomar qual tipo de decisão sobre o caso, mas não foi bem assim.
Diante de tal situação ela age como um robô, uma máquina que está ali só pronta pra executar o que lhe for pedido. Francamente, duvido muito que um ser humano agiria assim.
Fiquei revoltada ao ver ela se esconder atras da velha desculpa da imparcialidade. Nem tenho palavras pra dizer como isso me tirou do sério. Terminei dizendo "não acredito no que estou vendo, não acredito que cheguei até aqui pra terminar assim".
Olha se a lei estivesse ai pra ser aplicada mecanicamente com total imparcialidade não precisaríamos de seres humanos para movimentar todo o caro e moroso sistema judiciário.
Bastava colocarmos máquinas para executar uma formula preconcebida. A ideia de que os operadores do direito serão imparciais a todo momento é tão absurda que não passa de um utopico sonho de criança.
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